Espaço: Estudo Bíblico




PRÓXIMO ESTUDO

Alma e Espírito
As palavras "alma" e "espírito" nas Escrituras provém de palavras hebraicas e gregas, línguas em que a Palavra de Deus foi escrita. Vejamos:

Alma - No AT, vem do hebraico vpn (nephesh). Ocorre aproximadamente 755 vezes, sendo traduzida de diferentes formas, dependendo do contexto. No Novo Testamento, a palavra grega é quch (psyche) e ocorre aproximadamente 105 vezes.

Espírito - No AT, são usadas as palavras Mwr (ruach) e hmvn (neshamah). Aparece 377 vezes. No Novo Testamento, a palavra grega para espírito é pneuma (pneuma); ocorre 220 vezes.
Ambas são traduzidas de diversas formas nas Escrituras; eis alguns exemplos:
Alma - vida (Gn 9:4,5; 35:18; Sl 31:13, etc), pessoa (Gn 14:21; Dt 10:22; At 27:37, etc), cadáver (Números 9:6); apetite (Ec 6:7) coração (Ex 23:9) ser vivente (Ap 16:3) pronomes pessoais (Sl 3:2; Mt 26:38)

A palavra “alma” aparece na Bíblia aproximadamente 1600 vezes, e em nenhum caso refere-se a uma entidade fora do corpo, ou que seja “imortal”.

Espírito - vento (respiração - Gn 8:1), espírito (no sentido de alento - Jz 15:19), atitude ou estado de espírito (Rm 8:15; I Co 4:21, etc), sopro ou hálito de Deus (II Ts 2:8, etc) consciência individual (I Co 2:11, primeira parte).
Possui também outras definições: anjos e demônios (Hb 1:14; I Tm 4:1, etc) aplica-se como apelativo a Cristo (II Co 3:17) a Divina natureza de Cristo (Rm 1:4), a Terceira Pessoa da Trindade (Rm 8:9-11; I Cor. 2:8-12)
O termo "espírito", em todas as vezes que aparece nas Escrituras referindo-se ao ser humano, não expressa o conceito de que o mesmo seja uma entidade imaterial consciente capaz de sobreviver fora do corpo.
Por que existem tantos sentidos para as palavras “alma e espírito”? A línguas bíblicas não possuem um considerável número de verbetes. Como exemplo temos o hebraico, que não tem vogais, preposições, ou conjunções. É esta escassez de palavras que torna possível apenas uma assumir vários sentidos.
Como comparação, vejamos a língua portuguesa. Mesmo sendo rica em letras e verbetes, enfrenta certas dificuldades. A palavra “manga” tem mais de 1 sentido: manga de um casaco; a fruta cujo nome é manga, etc. Se a nossa língua, com seus muitos verbetes têm palavras com vários sentidos, imagine o alfabeto hebraico !
Apesar das diversas traduções, é importantíssimo sabermos que o conceito básico de "espírito" e "alma" encontramos no texto de Gênesis 2:7, onde nos é mencionado o processo utilizado por Deus na criação do homem:
“Então, formou o SENHOR Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o fôlego de vida (neshamah), e o homem passou a ser alma (nephesh) vivente”. Gênesis 2:7.
Deus formou ao homem de 2 elementos: pó da terra e fôlego de vida. De acordo com o original, este texto seria da seguinte forma: "Então, formou o Senhor Deus ao homem do pó da terra e lhe soprou nas narinas o espírito de vida (fôlego de vida), e o homem passou a ser uma pessoa vivente".Isto significa que no conceito Bíblico:
A) Espírito é o fôlego de vida proveniente de Deus;
B) Alma é a união do corpo com o fôlego de vida, ou seja, a pessoa como um todo. Isto é apoiado pelo texto de Deuteronômio 10:22. Exemplifiquemos isto:
Digamos que você tenha uma lâmpada e não tenha e eletricidade. Terá luz? Certamente não.
Agora suponhamos que você tenha a eletricidade, mas não tenha a lâmpada. Terá luz? Também não.
Para haver a luz, terá de ter a lâmpada e a eletricidade; apenas uma delas não bastará.
O mesmo se dá com a vida. Para existir vida, temos de ter o corpo e o espírito (fôlego de Deus). Caso contrário, não temos vida; somos inconscientes. Como disse Jesus:
“Isto dizia e depois lhes acrescentou: Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe, pois, os discípulos: Senhor, se dorme, estará salvo. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono. Então, Jesus lhes disse claramente: Lázaro morreu”. João 11:11-14.
Cristo comparou a morte a um SONO, confirmando assim o que diz Salomão:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem coisa nenhuma, nem tampouco terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em coisa alguma do que se faz debaixo do sol”. Eclesiastes 9:5-6.
Portanto:

Lâmpada + eletricidade = Luz.
Lâmpada - eletricidade = Sem luz.

Pó da Terra (corpo) + fôlego de vida (espírito) = Alma vivente.
Pó da terra - fôlego de vida = cadáver - sem vida.
A união do corpo com o fôlego de vida de Deus resultou numa alma vivente. Assim, podemos ver que o homem “é uma alma”. (cf. Deuteronômio 10:22), não “possui uma alma”.
O fôlego de vida (espírito) humano, dado por Deus, a fonte de toda a vida (Salmo 36:6; Colossenses 1:17, etc) é o mesmo de todos os animais (leia Gênesis 7:22; Eclesiastes 3:19); isto quer dizer que este alento não pode ser algo inteligente, pois se o fosse, o fôlego de vida dos animais (o espírito) teria de ser algo racional também.

Quando morre o corpo, o fôlego de vida não mais existe; torna para Deus (Eclesiastes 12:7) (reintegra-lo, talvez, no ar). Sendo que este espírito (sopro ou fôlego de vida) não é algo pensante, na morte o ser humano deixa de existir como um todo.
De acordo com as Escrituras, o único que possui a imortalidade é Deus: “a qual, em suas épocas determinadas, há de ser revelada pelo bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores; o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem homem algum jamais viu, nem é capaz de ver. A ele honra e poder eterno. Amém!” 1 Timóteo 6:15-16.
Isto se dá porque, para o homem fosse eterno, teria de obedecer a Deus para ter livre acesso á árvore da vida, que perpetua a existência. Como o homem pecou e Deus o expulsou do éden, ele não comeu mais da árvore da vida, tornando-se assim mortal. (Leia Gênesis 3:22-24; Isaías 51:12).
Se já fôssemos imortais, não haveria necessidade de Adão ter comido da árvore da vida, e nós de a comermos no céu. (cf. Gênesis 2:16, 17; 3:23, 24 e Apocalipse 22:2). Como seríamos imortais sendo que Deus privou o homem de comer da árvore da vida? (ver Gênesis 3:22 e 24). O homem foi criado com a imortalidade; mas esta era “condicional” à obediência a Deus.
No céu, quando Jesus voltar e nos levar com ele iremos comer da árvore da vida para sermos imortais: “No meio da sua praça, de uma e outra margem do rio, está a árvore da vida, que produz doze frutos, dando o seu fruto de mês em mês, e as folhas da árvore são para a cura dos povos”. Apocalipse 22:2.
“Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade pelas portas”. Apocalipse 22:14.
“e, se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida, da cidade santa e das coisas que se acham escritas neste livro”. Apocalipse 22:19.
Se já tivéssemos uma alma ou espírito imortal, não haveria necessidade disto.
Se o espírito ou alma já estivessem no céu (vivendo de um modo imaterial), porque Jesus iria vir nos buscar? Não haveria necessidade disto se já estivéssemos lá em cima.
A ressurreição é uma prova de que a pessoa ainda não está no céu na morte; se Jesus vem nos ressuscitar a pessoa para levar ao céu, é sinal de que ela ainda não está lá.
Com o auxílio de uma concordância analítica, podemos verificar que o hebraico “nephesh” e o grego “psique” não aparecem uma única vez coma idéia de imortalidade ou eternidade.
As mesmas palavras hebraicas usadas para definir espírito são usadas para referir-se ao “fôlego de vida” que Deus soprou nas narinas do homem; assim ocorre também com as palavras gregas.

O estado do homem na morte
Na Bíblia, a morte é comparada a um “sono” cerca de 53 vezes, indicando assim o estado de inconsciência dos mortos até a volta de Jesus (Salmo 6:5; 13:3; 88:10-12; 115:17; Isaías 38:18-19; Eclesiastes 9:5-6 e 10; I Tessalonicenses 4:13-16).
“A Bíblia não apóia em absoluto a doutrina popular de que os mortos permanecem conscientes até a ressurreição. Pelo contrário, enfaticamente refuta tal ensinamento (Sl 115:17; Ec 9:5). Emprega-se comumente o verbo dormir como símbolo da morte (Dt 31:16; 2 Sm 7:12; I Rs 11:43; Jó 14:12 ; Dn 12:2; Jo 11:11,12; I Co 15:51; I Ts 4:13-17; etc). A declaração de Jesus, que consolava a seus discípulos com a idéia de que eles voltariam a estar com ele na ocasião de sua segunda vinda e não na morte, ensina claramente que o “sono” não é uma comunicação consciente dos justos com o Senhor (João 14:1-3). Do mesmo modo, Paulo explicou que ao produzir-se o segundo advento, todos os justos que então estão vivos e os mortos que ressuscitarão neste momento se unirão simultaneamente com Cristo, sem que os vivos precedam os mortos (I Ts 4:16,17)” .
Se a morte fosse um começo de uma nova existência, não poderia ser chamada pelas Escrituras de nossa “inimiga” (I Coríntios 15:26); teria de ser chamada de amiga, pois estaria nos ajudando a ir para o paraíso.

Como os justos irão pára o céu. Origem da doutrina da imortalidade da alma
Não nos esqueçamos que as pessoas que foram arrebatadas ao Paraíso (Enoque, Moisés e Elias) o foram com o corpo, em vida e não por ocasião da morte (Moisés foi ressuscitado antes de ir ao céu - cf. Judas 9). Isto é uma prova indiscutível de que o ser humano, ao ir para o Céu, irá também com o corpo e não em espírito apenas.
Basta estudarmos a história e veremos que “a doutrina da imortalidade da alma não é bíblica, mas pagã. Nasceu na Grécia e propagou-se na Igreja, através de Platão, do século V em diante, graças à influência de Agostinho...” (Professor Otoniel Mota, Pastor Presbiteriano, em Meu Credo Escatológico [opúsculo], ed. 1938, p. 3.)

Questões Bíblicas para análise:
1) Se a pessoa ao morrer fosse para o céu ou para o inferno, que necessidade haveria de Jesus voltar e nos ressuscitar, se já estivéssemos no céu? (os de Cristo, na sua vinda - I Cor. 15:23). É ilógico Jesus enviar-nos do céu 'em espírito' para a sepultura para depois ter de ressuscitar. Como harmonizar a doutrina da ressurreição com a doutrina imortalista?
2) Como crer que ao morrermos vamos para o céu se em Hebreus 11:39 e 40 os heróis da fé ainda não obtiveram a concretização da promessa, pois Deus não quer que sem nós eles sejam aperfeiçoados? (Lembremos de I Cor. 15:20).
3) Como crer na doutrina da imortalidade da alma sendo que a eternidade do homem era condicional à obediência a Deus, e por desobedecer Adão foi privado da árvore da vida para que não se tornasse imortal como Deus? Nós não comemos da árvore da vida... (Gênesis 3:22-23). Porque iremos comer da árvore da vida no céu se nosso espírito é imortal? (Apocalipse 22:2).
4) Se somos imortais, porque devemos ainda “buscar a imortalidade e a incorruptibilidade”? (Romanos 2:7). Se devemos buscar, é porque não a temos.
5) Porque Jesus diz ser a morte um sono? (João 11:11-14) Porque Jesus disse, após Sua ressurreição, que durante a morte “ainda não tinha subido para o Pai?” (João 20:17).
6) Como harmonizar a doutrina da imortalidade da alma com o texto de Mateus 16:27, no qual diz que “a recompensa será dada quando Jesus voltar”? Se estivessem os mortos no céu ou no inferno, já teriam recebido a recompensa...Tal doutrina (vida após a morte) não se harmoniza com a doutrina do Juízo.
7) Jesus disse em João 11:25: “... Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; (João 11:25 grifo meu); Ele não disse: “... ainda que morra, vive...”. “Ao contrário, Ele declarou, que no futuro trará da sepultura aqueles que morreram nEle. Veja João 5:28 e 29”.


Quando receberemos a imortalidade. 

Em João 5:24 o Senhor diz que ao cremos nEle, temos a imortalidade garantida. Mas isto não significa que hoje tenhamos recebido a imortalidade . Isto fica claro nos seguintes textos, onde se afirma que a receberemos quando Jesus voltar e ressuscitar os justos :“Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida. Quem crê em mim, ainda que morra, viverá” João 11:25. “E serás bem-aventurado, pelo fato de não terem eles com que recompensar-te; a tua recompensa, porém, tu a receberás na ressurreição dos justos”. Lucas 14:14. “De fato, a vontade de meu Pai é que todo homem que vir o Filho e nele crer tenha a vida eterna; e eu o ressuscitarei no último dia”. João 6:40.

Outros versos:
“Ora, todos estes que obtiveram bom testemunho por sua fé não obtiveram, contudo, a concretização da promessa, por haver Deus provido coisa superior a nosso respeito, para que eles, sem nós, não fossem aperfeiçoados”. Hebreus 11:39-40. “Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois, os que são de Cristo, na sua vinda”. 1 Coríntios 15:23. “Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que não têm esperança. Pois, se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também Deus, mediante Jesus, trará, em sua companhia, os que dormem. Ora, ainda vos declaramos, por palavra do Senhor, isto: nós, os vivos, os que ficarmos até à vinda do Senhor, de modo algum precederemos os que dormem. Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor”. 1 Ts 4:13-17.
Neste texto podemos ver a seqüência correta dos eventos antes de recebermos a imortalidade que já nos está assegurada em Cristo:
1o: Vinda de Jesus;
2o: Ressurreição dos mortos;
3o: Transformação dos vivos;
4o: Arrebatamento dos vivos juntamente com os mortos ressuscitados, indicando assim que iremos para o céu todos juntos; os mortos não vão primeiro após a morte;
5o: Encontro com o Senhor nos ares;
6o: Vida eterna ao lado de Cristo.
Em I Coríntios 15 também podemos observar esta seqüência em muitos detalhes:
“Eis que vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas transformados seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo mortal se revista da imortalidade. E, quando este corpo corruptível se revestir de incorruptibilidade, e o que é mortal se revestir de imortalidade, então, se cumprirá a palavra que está escrita: Tragada foi a morte pela vitória”. 1 Coríntios 15:51-54.
1o: Volta de Jesus, anunciada pelas trombetas;
2o: Ressurreição dos mortos;
3o: Transformação dos vivos;
4o: Nos é outorgada a imortalidade, pois é neste momento que é dito que “tragada foi a morte pela vitória”.
Eis a seqüência apresentada e apoiada pelas Escrituras.

Escola Bíblica - escolabiblica@sisac.org.br





                                                                       Glossa

A Árvore da vida

Tradução não oficial e não revisada pelo autor do artigo “The Tree of Life” publicada em Affirmation & Critique (www.affcrit.com) em abril de 2204, periódico pertencente ao Living Stream Ministry - Anaheim – CA – EUA, por João Lídio de Carvalho Neto para a  edificação da Igreja do Senhor Jesus Cristo, sem fim comercial.  E-mail do tradutor: joaolidiocn@ig.com.br


A
 árvore da vida é um dos símbolos mais cruciais na Bíblia, aparecendo principalmente no segundo e último capítulos da Bíblia.  Seu significado, entretanto, abarca a revelação divina das Escrituras inteiras. Em Gênesis 2, a árvore da vida está no meio do jardim do Éden; em Apocalipse 22, a árvore da vida está no centro da cidade santa, a Nova Jerusalém.  Entre estes dois extremos da Bíblia, nós vemos o crescimento e a expansão da árvore da vida.  Este artigo procura examinar o significado da árvore da vida, especialmente na reabertura do caminho à árvore da vida por meio da redenção depois da queda do homem, o crescimento da árvore da vida e sua consumação final na Nova Jerusalém.
O Significado da Árvore da Vida em Gênesis
A Bíblia emprega muitos símbolos para retratar as realidades divinas e místicas.  Um dos primeiros e mais notável símbolo é a árvore da vida no Jardim do Éden (Gênesis 2:9).  As duas partes da expressão,árvore vida, são significativos por si mesmos e toda a expressão árvore da vida tem significado adicional.
Árvore significa uma vida criada por Deus com características notáveis mostradas em seu crescimento, reprodução e longevidade.  “Árvores revelam um notável poder de renovação anual ou periódica e revivificação persistente que pode parecer ser de duração quase eterna” (James 247).1  A Bíblia freqüentemente chama a atenção para as características da árvore da vida.  O crescimento e a expansão das árvores são mais notáveis que aqueles dos animais (por exemplo, uma videira se estendendo sobre obstáculos, Gênesis 49:22).  As árvores podem crescer de novo depois de serem cortadas (Jó 14:7); partes de algumas árvores podem ser enxertadas em outras árvores (Romanos 11:16-17, 24); e o fruto e sementes de árvores (e das plantas em geral) devem cair no terreno (e morrer) a fim de produzir a si mesmos, até de uma maneira prolífica.  Tais características das árvores testificam da realidade da vida de ressurreição (cf. João 12:24).  A árvore sempre viva simboliza Deus em Sua novidade imutável e eterna (Oséias 14:8).
Vida significa a vida de Deus divina, incriada, incorruptível, indestrutível, imortal, eterna (1Timóteo 6:16; Hebreus 7:16; João 3:16).  Isto é indicado pelo fato que a árvore da vida tem a propriedade de conceder vida eterna ou imortal.  O acesso à árvore da vida foi proibido depois que Adão e a mulher participaram da árvore do conhecimento para que eles não comessem da árvore da vida e vivessem para sempre (Gênesis 3:22-24).  A palavra hebraica para vida, hayyim, é um substantivo plural abstrato que geralmente se refere à vida física (por exemplo, referindo-se aos dias da vida de alguém) tanto quanto a uma vida bem-aventurada, feliz ou espiritual.  Ocasionalmente, hayyim ocorre em combinação com as palavras eternamente e imortal (Salmo 133:3; Daniel 12:2).  Deus é considerado como a origem ou fonte da vida (Salmo 36:9), tanto quanto um ser de vida (como indicado por numerosas ocorrências da expressão como o Senhor vive, usando a forma adjetiva hay).  Os tradutores da Septuaginta traduziram principalmente hayyim com a palavra grega zwh, que é usada no Novo Testamento para se referir à vida de Deus eterna, divina (ocorrendo, pelo menos, quarenta e três vezes com a palavra aionios, eterna).  O Novo Testamento revela que Cristo é a corporificação desta vida para dispensar esta vida à humanidade (Colossenses 2:9; João 1:4; 11:25; 14:6; 10:10).
A
 árvore da vida pode ser vista como significando o juntar ou mesclar de algo criado (a árvore) com a vida de Deus incriada, divina, imortal.  Os seres humanos jamais poderiam participar da vida de Deus por si mesma.  Deus habita em luz inacessível (1Timóteo 6:16). Entretanto, por que esta vida se tornou disponível aos seres humanos, sendo mediada na forma da árvore da vida, a vida de Deus pode ser recebida pelos seres humanos.  Este mesclar simbólico da vida do Criador com Sua criação antecipa a economia de Deus e Seu plano de dispensar-Se e mesclar-Se como vida com a humanidade.  Quando Deus então pôs os seres humanos diante da árvore, Ele confirmou Seu propósito de que os seres humanos participassem da vida divina e se tornassem constituídos com ela para tornarem-se mesclados com Ele mesmo como vida.  O próprio ato de comer leva os elementos do que é comido a ser assimilado interiormente ou mesclado com o ser dos comedores. Os comedores tornam-se o que eles comem, pelo menos em constituição. Portanto, o alvo de participar da árvore da vida é que os participantes tornar-se-iam partes da árvore da vida expandida consistindo da divindade mesclada com a humanidade.  Esta noção é desenvolvida em João 15 e consumada em Apocalipse 22.
Devido à queda do homem, que resultou do comer da árvore do conhecimento do bem e do mal, a árvore da morte,2 a humanidade tornou-se corrompida, mesclada com a natureza pecaminosa de Satanás; eles foram constituídos pecadores e a morte foi o resultado (Romanos 5:19; 6:23).  Como resultado, o caminho para árvore da vida foi fechado.  Isto impediu a possibilidade do mesclar da divindade com a humanidade, separada da redenção.
Israel como uma Árvore
Israel é retratada como uma videira (Salmo 80:8-16; Isaías 5:1-7; 27:2-6; Jeremias 2:21; 5:10; 6:9; 8:13; Ezequiel 15:6; 17:6-8; 19:10; Oséias 10:1; 14:7; Joel 1:7; cf. Mateus 21:33-46), uma figueira (Oséias 9:10; Joel 1:7; Mateus 21:19; cf. 24:32) e uma oliveira (Oséias 14:6; Romanos 11:17-24), que falhou em produzir o fruto apropriado.  A lei dada no Sinai foi incapaz de dar vida (Gálatas 3:21, literalmente, tornar vivo ou produzir vida), portanto tudo que Israel produziu foi espinhos e cardos (Isaías 5:6; Ezequiel 2:6).  Como resultado de suas falhas, Israel foi cortado (Salmo 80:16).  Este é o destino de toda árvore que não produz bom fruto (Mateus 3:10; 7:19).  A devastação de Israel pelos impérios da Assíria, Babilônia e Roma abateu Israel até o chão (Oséias 9:16; cf. Jeremias 5:10; Ezequiel 17:9; Romanos 11:17-19).  Entretanto, uma árvore é capaz de crescer novamente depois de severa poda ou de ser abatida.  Jó 14:7-9 afirma: “Porque há esperança para a árvore, / Pois, mesmo cortada, ainda se renovará / E não cessarão os seus rebentos. / Se envelhecer na terra a sua raiz, / E no chão morrer o seu tronco, / Ao cheiro das águas brotará / E dará ramos como a planta nova”. O retorno do exílio foi considerado como um brotar (2Reis 19:30; Isaías 27:6; 60:21; Ezequiel 17:23; Mateus 24:32; Romanos 11:17-19).  Entretanto, os que retornaram também falharam em produzir o fruto apropriado, e isto foi deixado para um descendente de Davi do qual a videira frutífera apropriada viria.
E
mbora a família real de Davi estivesse devastada, Deus prometeu que um descendente de Davi, como o Messias ou Cristo, viria como o rebento (hebraico hoter) brotando ou estendendo galhos (hebraiconeser) a partir da árvore, desde a raiz ou tronco (hebraico geza) da linhagem real Davídica (Isaías 11:1) .  Cristo é a raiz (hebraico sores) de Jessé (Isaías 11:10; Romanos 15:12; cf. Isaías 53:2) e raiz (Apocalipse; 22:16) e ramo ou renovo (hebraico semah – Jeremias 23:5; 33:15; cf. Isaías 4:2; Zacarias 3:8; 6:12) de Davi.  O brotar de Cristo pode ser considerado como o brotar da videira verdadeira, que foi expandida em João 15 para incluir os crentes em Cristo.3
Redenção e a Árvore da Vida
O reabrir do caminho para a árvore da vida exigia redenção com o término da natureza pecaminosa.  A realização da redenção exigia a encarnação e a morte de Cristo.  Por meio da encarnação, a vida divina foi mesclada com a vida humana para produzir o primeiro homem-Deus.  Ele Se uniu à humanidade à semelhança de carne de pecado, mas sem pecado (Romanos 8:3; 2Coríntios 5:21; 1João 3:5).  Através de Sua morte na cruz, Ele condenou o pecado na carne (Romanos 8:3), o resultado do mesclar do elemento satânico com o elemento humano que fechou o caminho à árvore da vida.  Sua morte foi realizada pela crucificação, pelo pendurar no madeiro (Atos 5:30; 10:39; 13:29; 1Pedro 2:24; cf. Gálatas 3:13; Deuteronômio 21:23).  A árvore da cruz abre o caminho para a árvore da vida.  Nós podemos até dizer, juntamente com a tradição cristã primitiva, que a árvore da vida é a cruz,4 embora (talvez seja mais correto dizer) o Cristo crucificado é a árvore da vida (cf. João 15:1).  Sua morte na cruz, com o tratar com nossa natureza pecaminosa, abriu o caminho para a árvore da vida.  Em Sua ressurreição, Ele Se tornou o Espírito que dá vida.  No termo composto árvore da vidaárvore significa a morte de Cristo no madeiro (a cruz) e vida significa Seu tornar-Se o Espírito que dá vida através de Sua ressurreição.
A conexão entre a árvore da vida e a cruz é também reforçada pelo uso da mesma palavra grega xulonpara a árvore da vida e o madeiro (cruz).  Há duas palavras gregas diferentes usadas para árvore: xulondendron.  Dendron refere-se a uma árvore viva (cf. a palavra portuguesa rhododendron, rododendro isto é, árvore de rosa); enquanto xulon refere-se a ambas árvore viva e madeira de uma árvore (confira a palavra portuguesa xilofone, isto é, som de madeira), com o significado de madeirapara xulon muito mais comum que árvore no grego clássico.  Esta distinção é preservada no Novo Testamento, onde xulon quase sempre se refere a madeira ou viga.  Ela é usada nove vezes para se referir a vários objetos de madeira, cinco vezes à cruz (como uma árvore – Atos 5:30; 10:39; 13:29; Gálatas 3:13; 1Pedro 2:24).  É usada cinco vezes para se referir à árvore da vida (Apocalipse 2:7; 22:2 [duas vezes], 14, 19).  A única outra vez que xulon  refere-se a uma árvore é quando é aplicada figurativamente a Cristo comparando-Se ao povo judeu antes de Sua crucificação (Lucas 23:31).5  Por outro lado, dendron é sempre utilizada quando árvores vivas são mencionadas (por exemplo, Mateus 3:10; 7:17; Lucas 13:19; 21:29; Apocalipse 7:3).  Os tradutores da Septuaginta também usaram a palavra xulon ao invés de dendron para se referir à árvore da vida em Gênesis.6
O acesso à árvore da vida vem a partir do estar unido ao Cristo crucificado e ressurreto, o Espírito que dá vida, Que é a árvore da vida.  Pelo crer e ser batizado para dentro dEle, um ser humano é unido a Ele e tem acesso à árvore da vida.
                                                      A Videira em João 15
A videira em João 15 é a apresentação mais notável da árvore da vida em termos daquilo que os crentes tornam-se por meio de sua incorporação em Cristo.  O Senhor Jesus declarou que Ele é vida (João 1:4; 11:25; 14:6) e, em particular, Ele revelou a Si mesmo como a videira e os crentes como os ramos na videira (João 15:1,5).  Portanto, Ele é a árvore da vida e os crentes como os ramos são sua expansão. Cristo como a videira e os crentes como os ramos mutuamente habitam interiormente um no outro pela virtude da sua união orgânica.  A videira significa Cristo como o centro da economia de Deus, o organismo do Deus Triúno, uma incorporação humano-divina, a casa do Pai, o Corpo de Cristo e um sinal do difundir universal de Cristo (Kangas 21-23).  A ênfase em João 15 está no aumento e multiplicação da vida através do produzir fruto.  Produzir fruto é o alvo do cortar (ou limpar – as palavras gregas estão relacionadas, v. 2); é o alvo e resultado do habitar mútuo (vv. 4-5); glorifica o Pai (v. 8); e é o propósito estabelecer os crentes como  os ramos na videira – para que eles vão e produzam fruto e que este fruto permaneça ou subsista (a mesma palavra grega menw é usada para ambas as palavras portuguesas, v. 16).
Esta videira é a videira verdadeira, produzindo o fruto apropriado.  Isto está em contraste com Israel, que falhou em produzir o fruto apropriado.  Através do produzir fruto, a videira é aumentada e expandida.
                                                       O(s) Candelabro(s) em Apocalipse
Um símbolo adicional da árvore da vida é o candelabro de ouro ou menorá.  Observadores ficaram perplexos pela semelhança desta peça da mobília a uma árvore.  Isto pode ser visto em várias representações dos menorás nas antigas sinagogas que lembram mais exatamente uma árvore que osmenorás estilizados nas sinagogas de hoje.7  Enquanto o candelabro de ouro não era orgânico em natureza, sendo feito de ouro, ele era um projeto orgânico, com ramos, cálices, botão de flor e flores, etc. (Êxodo 25:31-40).  Esta descrição dá mesmo a idéia de crescimento. “Florescer indica crescimento... O candelabro é uma árvore crescendo” (Lee, Exodus 1082).
Q
ual é então o significado do candelabro quando se relaciona à árvore da vida?  O candelabro é feito de ouro, que significa a natureza de Deus imutável, incorrupta.  Este ouro é corporificado na forma de uma árvore, que tipifica Cristo que é a corporificação de Deus (Colossenses 2:9).  O florir desta árvore é realmente o brilhar da luz das lâmpadas que são formadas como flores de amêndoas.  As sete lâmpadas significam o Espírito ou os sete Espíritos (Zacarias 4:1-10; Apocalipse 4:5).  Da mesma forma que a árvore da vida é a corporificação da vida de Deus em Cristo, que é expresso como o Espírito que dá vida, assim também o candelabro significa o Deus Triúno corporificado em Cristo e expressado como o Espírito.  Em Apocalipse 1 há sete candelabros de ouro (v. 12).  Um candelabro foi reproduzido e multiplicado, tornando-se sete.  Estes candelabros significam as sete igrejas locais na Ásia (v. 20). Finalmente, as muitas igrejas locais como os candelabros de ouro consumam-se num candelabro universal, eterno, agregado – a Nova Jerusalém.  A natureza da Nova Jerusalém é puro ouro, da mesma forma que o candelabro e resplandece a luz de Deus (Apocalipse 22:5) através da lâmpada do Cordeiro (Apocalipse 21:23), que é difundida através da muralha de jaspe da cidade para toda a terra habitada.
                                                         A Árvore da Vida em Apocalipse
Os versos que mencionam a árvore da vida em Apocalipse enfatizam tanto o aspecto do suprimento como o que se tornam aqueles que são supridos por seu fruto.  Os vencedores são galardoados pelo ser capazes de comer a árvore da vida no Paraíso de Deus durante o reino milenar (Apocalipse 2:7).  A árvore da vida é desvelada em Apocalipse 22:2 como a consumação da videira de João 15 na Nova Jerusalém.  A árvore da vida cresce em ambos os lados do rio (como uma videira).  Assim sendo, a videira é uma parte integral da cidade santa, a habitação mútua de Deus e a humanidade.  Esta videira aumentada inclui todos os crentes.  Ela não representa apenas Deus mesclado com a humanidade em Cristo, mas o aumento deste mesclar em Seus crentes.
A
 árvore da vida crescendo ao longo do rio da vida na cidade de Deus é a consumação final de um número de referências nas quais os indivíduos são assemelhados às árvores, quer seja junto às águas (Jeremias 17:7-8; cf. Isaías 44:4; Ezequiel 47:7,12) quer seja plantados na casa de Deus; por exemplo, o justo que é como uma palmeira e como um cedro plantados na casa de Jeová (Salmo 92:12-14) e aquele que confia em Deus é assemelhado a uma oliveira verdejante na casa de Deus (Salmo 52:8).   
A árvore da vida produz doze espécies de frutos para cada um dos meses do ano, significando sua riqueza em variedade e novidade.  O seu fruto significa Deus como o suprimento para Seus eleitos redimidos e regenerados pela eternidade.  Suas folhas são para a cura das nações (Apocalipse 22:2; cf. Ezequiel 47:12; Êxodo 15:25), significando as obras de Cristo guiando e regulando as nações exteriormente para que elas possam viver uma vida humana apropriada para sempre.
O acesso à árvore da vida é o direito daqueles que lavaram suas vestiduras (Apocalipse 22:14).  O lavar as vestiduras refere-se à aceitação dos crentes através da redenção judicial de Cristo pelo derramar do Seu sangue.  O direito à árvore da vida refere-se ao desfrute da vida divina na salvação orgânica de Cristo.  O fato de ter os crentes o direito de participar da árvore está de acordo com o seu ser parte da videira, a árvore da vida.  A noção do participar e de ser uma parte da árvore da vida é confirmada pelo uso da palavra grega meros no verso 19. A palavra meros significa uma parte ou porção devida ou assinalada a alguém, bem como uma parte constituinte do todo.  A palavra é uma confirmação forte do status duplo dos crentes no que diz respeito à árvore da vida.  Ela se refere tanto à parte e porção que os crentes têm no desfrutar o fruto da árvore da vida, como também sua participação como uma parte constituinte da árvore da vida.  A árvore da vida juntamente com a cidade santa constituem a bem-aventurança eterna dos crentes.
                                                                      Conclusão
O colocar os seres humanos diante da árvore da vida no centro do jardim significa a intenção de Deus para que o homem participe de e seja constituído com Ele como vida.  Os participantes da vida de Deus tornam-se o mesmo que Ele é em vida e natureza, mas não na Deidade (2Pedro 1:4; 1Coríntios 12:12,27; Romanos 12:5; João 15:5).  O símbolo da árvore é utilizado em conjunção com a noção de vida para indicar o propósito de Deus de dispensar-Se como vida para ser mesclado com Suas criaturas.  As características de uma árvore retratam esta noção – ela produz um fruto comestível para o homem participar dele, e é um organismo crescente que se espalha, aumenta e multiplica-se através de sua atividade de produzir fruto.  Como resultado do dispensar divino, os crentes, os participantes da vida e natureza divinas, tornam-se os membros do Corpo de Cristo – ramos da videira universal, que abarca toda a terra.
Em Gênesis, os seres humanos caíram por participar da árvore da morte, a natureza humana foi corrompida e Deus fechou o caminho à árvore da vida.  Finalmente, através da encarnação, Ele veio na forma de um homem e crucificou a natureza caída pecaminosa do homem numa árvore, a cruz. Através de Sua morte e ressurreição como o Espírito que dá vida, Ele tornou a vida de Deus disponível à humanidade.  Pelo desfrutá-lO como a árvore da vida, os seres humanos são trazidos de volta ao Deus Triúno para participar dEle.  Isto resulta em seu tornar-se partes da árvore da vida corporativa, ramos da verdadeira videira e membros do Corpo de Cristo.  Este organismo se consuma na Nova Jerusalém como a consumação final da árvore da vida, que eternamente supre aos crentes a vida divina e que os constitui as partes orgânicas da árvore da vida, por meio da sua união orgânica com Cristo.
por Roger Good
Notas
1James continua a dizer, com referência à árvore da vida: “Quando o segredo da vida foi buscado na natureza, a Árvore Sagrada foi o símbolo perfeito de seu mistério, com suas folhas e flores e fruto; quer seja seu verter seu verdor no outono somente para  produzir novamente seus rebentos e seus botões de flores na primavera, ou permanecer sempre verde para tipificar a vida eterna”  (268).
2 Veja James: “O poder da Árvore do Conhecimento era tal que participar do seu fruto teve conseqüências fatais, a morte sendo o resultado do comer dela.  Portanto, ela era virtualmente uma árvore de morte”  (221).
3A mesma imagem do pôr a baixo de uma árvore até sua raiz e cepa e sua restauração é também aplicada a Nabucodonosor e seu reino (Daniel 4:14-15, 20-23; cf. Ezequiel 31:3-14, referindo-se a Assíria como um cedro).
4A tradição cristã tem, por longo tempo, associado a cruz com a árvore da vida, como pode ser visto na arte da Igreja dos primórdios.
5Alguns comentaristas até entendem este uso de xulon como “madeira”, com Jesus Se referindo ao povo judeu como um lenho seco e a Si mesmo como lenho verde, que não é tão facilmente queimado como o seco (cf. J. Schneider 38).
6 É interessante notar que nos quatro lugares no Velho Testamento fora de Gênesis, onde a árvore da vida é mencionada, no Velho Testamento (Provérbios 3:18; 11:30; 13:12; 15:4), o tradutor da Septuaginta usa xulon para a primeira ocorrência, que se refere a Sabedoria, que em certas porções de Provérbios é personificada.  “Esta personificação da sabedoria de Deus é o segundo da Trindade, o Filho de Deus.  Cristo é a sabedoria de Deus personificada”  (Lee, Proverbs 10).  O tradutor usadendron para as outras, que se referem ao fruto do justo, que é desejado e uma língua calmante.
7Mencionado em Widengren, páginas 64-67.
Obras Citadas
James, E. O.  The Tree of Life: An Archaeological Study.  Leiden: Brill, 1966.
Kangas, Ron.  “The Vine – God’s Economy”.  Affirmation & Critique.  IV.1 (Jan. 1999): 20-30
Lee, Witness.  Life-study of Exodus.  Anaheim: Living Stream Ministry, 1987.
_____ . Life-study of Proverbs.  Anaheim: Living Stream Ministry, 1996.
Schneider, J. “xulon.”  Theological Dictionary of the New Testament.  Tradução e edição Geoffrey W. Bromiley. Vol V.  Grand Rapids: Eerdmans, 1979: 37-41.
Widengren, Geo.  The King and the Tree of Life in Ancient Near Eastern Religion.  Uppsala: Almqvist and Wiksells, 1951.