Espaço: A BÍBLIA










História da Bíblia







Origens
Grego, hebraico e aramaico foram os idiomas utilizados para escrever os originais das Escrituras Sagradas. O Antigo Testamento foi escrito em hebraico. Apenas alguns poucos textos foram escritos em aramaico. O Novo Testamento foi escrito originalmente em grego, que era a língua mais utilizada na época.
Os originais da Bíblia são a base para a elaboração de uma tradução confiável das Escrituras. Porém, não existe nenhuma versão original de manuscrito da Bíblia, mas sim cópias de cópias de cópias. Todos os autógrafos, isto é, os livros originais, como foram escritos pelos seus autores, se perderam. As edições do Antigo Testamento hebraico e do Novo Testamento grego se baseiam nas melhores e mais antigas cópias que existem e que foram encontradas graças às descobertas arqueológicas.
Para a tradução do Antigo Testamento, a Comissão de Tradução da SBB usa a Bíblia Stuttgartensia, publicada pela Sociedade Bíblica Alemã. Já para o Novo Testamento é utilizado The Greek New Testament, editado pelas Sociedades Bíblicas Unidas. Essas são as melhores edições dos textos hebraicos e gregos que existem hoje, disponíveis para tradutores.
O Antigo Testamento em Hebraico
Muitos séculos antes de Cristo, escribas, sacerdotes, profetas, reis e poetas do povo hebreu mantiveram registros de sua história e de seu relacionamento com Deus. Estes registros tinham grande significado e importância em suas vidas e, por isso, foram copiados muitas e muitas vezes e passados de geração em geração.
Com o passar do tempo, esses relatos sagrados foram reunidos em coleções conhecidas por A Lei, Os Profetas e As Escrituras. Esses três grandes conjuntos de livros, em especial o terceiro, não foram finalizados antes do Concílio Judaico de Jamnia, que ocorreu por volta de 95 d.C. A Lei continha os primeiros cinco livros da nossa Bíblia. Já Os Profetas, incluíam Isaías, Jeremias, Ezequiel, os Doze Profetas Menores, Josué, Juízes, 1 e 2 Samuel e 1 e 2 Reis. E As Escrituras reuniam o grande livro de poesia, os Salmos, além de Provérbios, Jó, Ester, Cantares de Salomão, Rute, Lamentações, Eclesiastes, Daniel, Esdras, Neemias e 1 e 2 Crônicas.
Os livros do Antigo Testamento foram escritos em longos pergaminhos confeccionados em pele de cabra e copiados cuidadosamente pelos escribas. Geralmente, cada um desses livros era escrito em um pergaminho separado, embora A Lei freqüentemente fosse copiada em dois grandes pergaminhos. O texto era escrito em hebraico - da direita para a esquerda - e, apenas alguns capítulos, em dialeto aramaico.
Hoje se tem conhecimento de que o pergaminho de Isaías é o mais remoto trecho do Antigo Testamento em hebraico. Estima-se que foi escrito durante o Século II a.C. e se assemelha muito ao pergaminho utilizado por Jesus na Sinagoga, em Nazaré. Foi descoberto em 1947, juntamente com outros documentos em uma caverna próxima ao Mar Morto .
O Novo Testamento em Grego
Os primeiros manuscritos do Novo Testamento que chegaram até nós são algumas das cartas do Apóstolo Paulo destinadas a pequenos grupos de pessoas de diversos povoados que acreditavam no Evangelho por ele pregado.
A formação desses grupos marca o início da igreja cristã. As cartas de Paulo eram recebidas e preservadas com todo o cuidado. Não tardou para que esses manuscritos fossem solicitados por outras pessoas. Dessa forma, começaram a ser largamente copiados e as cartas de Paulo passaram a ter grande circulação.
A necessidade de ensinar novos convertidos e o desejo de relatar o testemunho dos primeiros discípulos em relação à vida e aos ensinamentos de Cristo resultaram na escrita dos Evangelhos que, na medida em que as igrejas cresciam e se espalhavam, passaram a ser muito solicitados. Outras cartas, exortações, sermões e manuscritos cristãos similares também começaram a circular.
O mais antigo fragmento do Novo Testamento hoje conhecido é um pequeno pedaço de papiro escrito no início do Século II d.C. Nele estão contidas algumas palavras de João 18.31-33, além de outras referentes aos versículos 37 e 38. Nos últimos cem anos descobriu-se uma quantidade considerável de papiros contendo o Novo Testamento e o texto em grego do Antigo Testamento.
Traduções
A Bíblia - o livro mais lido, traduzido e distribuído do mundo -, desde as suas origens, foi considerada sagrada e de grande importância. E, como tal, deveria ser conhecida e compreendida por toda a humanidade. A necessidade de difundir seus ensinamentos através dos tempos e entre os mais variados povos, resultou em inúmeras traduções para os mais variados idiomas e dialetos. Hoje é possível encontrar a Bíblia, completa ou em porções, em mais de 2.000 línguas diferentes.
Estima-se que a primeira tradução foi elaborada entre 200 a 300 anos antes de Cristo. Como os judeus que viviam no Egito não compreendiam a língua hebraica, o Antigo Testamento foi traduzido para o grego. Porém, não eram apenas os judeus que viviam no estrangeiro que tinham dificuldade de ler o original em hebraico: com o cativeiro da Babilônia, os judeus da Palestina também já não falavam mais o hebraico.
Denominada Septuaginta (ou Tradução dos Setenta), esta primeira tradução foi realizada por 70 sábios e contém sete livros que não fazem parte da coleção hebraica; pois não estavam incluídos quando o cânon (ou lista oficial) do Antigo Testamento foi estabelecido por exegetas israelitas no final do Século I d.C. A igreja primitiva geralmente incluía tais livros em sua Bíblia. Eles são chamados apócrifos ou deuterocanônicos e encontram-se presentes nas Bíblias de algumas igrejas.
Esta tradução do Antigo Testamento foi utilizada em sinagogas de todas as regiões do Mediterrâneo e representou um instrumento fundamental nos esforços empreendidos pelos primeiros discípulos de Jesus na propagação dos ensinamentos de Deus.
Outras traduções começaram a ser realizadas por cristãos novos nas línguas copta (Egito), etíope (Etiópia), siríaca (norte da Palestina) e em latim - a mais importante de todas as línguas pela sua ampla utilização no Ocidente.
Por haver tantas versões parciais e insatisfatórias em latim, no ano 382 d.C, o bispo de Roma nomeou o grande exegeta Jerônimo para fazer uma tradução oficial das Escrituras.
Com o objetivo de realizar uma tradução de qualidade e fiel aos originais, Jerônimo foi à Palestina, onde viveu durante 20 anos. Estudou hebraico com rabinos famosos e examinou todos os manuscritos que conseguiu localizar. Sua tradução tornou-se conhecida como "Vulgata", ou seja, escrita na língua de pessoas comuns ("vulgus"). Embora não tenha sido imediatamente aceita, tornou-se o texto oficial do cristianismo ocidental. Neste formato, a Bíblia difundiu-se por todas as regiões do Mediterrâneo, alcançando até o Norte da Europa.
Na Europa, os cristãos entraram em conflito com os invasores godos e hunos, que destruíram uma grande parte da civilização romana. Em mosteiros, nos quais alguns homens se refugiaram da turbulência causada por guerras constantes, o texto bíblico foi preservado por muitos séculos, especialmente a Bíblia em latim na versão de Jerônimo.
Não se sabe quando e como a Bíblia chegou até as Ilhas Britânicas. Missionários levaram o evangelho para Irlanda, Escócia e Inglaterra, e não há dúvida de que havia cristãos nos exércitos romanos que lá estiveram no segundo e terceiro séculos. Provavelmente a tradução mais antiga na língua do povo desta região é a do Venerável Bede. Relata-se que, no momento de sua morte, em 735, ele estava ditando uma tradução do Evangelho de João; entretanto, nenhuma de suas traduções chegou até nós. Aos poucos as traduções de passagens e de livros inteiros foram surgindo.
As Primeiras Escrituras Impressas
Na Alemanha, em meados do Século 15, um ourives chamado Johannes Gutemberg desenvolveu a arte de fundir tipos metálicos móveis. O primeiro livro de grande porte produzido por sua prensa foi a Bíblia em latim. Cópias impressas decoradas a mão passaram a competir com os mais belos manuscritos. Esta nova arte foi utilizada para imprimir Bíblias em seis línguas antes de 1500 - alemão, italiano, francês, tcheco, holandês e catalão; e em outras seis línguas até meados do século 16 - espanhol, dinamarquês, inglês, sueco, húngaro, islandês, polonês e finlandês.
Finalmente as Escrituras realmente podiam ser lidas na língua destes povos. Mas essas traduções ainda estavam vinculadas ao texto em latim. No início do século 16, manuscritos de textos em grego e hebraico, preservados nas igrejas orientais, começaram a chegar à Europa ocidental. Havia pessoas eruditas que podiam auxiliar os sacerdotes ocidentais a ler e apreciar tais manuscritos.
Uma pessoa de grande destaque durante este novo período de estudo e aprendizado foi Erasmo de Roterdã. Ele passou alguns anos atuando como professor na Universidade de Cambridge, Inglaterra. Em 1516, sua edição do Novo Testamento em grego foi publicada com seu próprio paralelo da tradução em latim. Assim, pela primeira vez estudiosos da Europa ocidental puderam ter acesso ao Novo Testamento na língua original, embora, infelizmente, os manuscritos fornecidos a Erasmo fossem de origem relativamente recente e, portanto, não eram completamente confiáveis.
Fonte:comunicandojesus





Dia da Bíblia/ Segundo domingo de dezembro


Tua Palavra é lâmpada que ilumina os meus passos e luz  que clareia o meu caminho! (Salmos, capítulo  119. 105 Bíblia K.J.) .Essa deve ser a declaração de todos os cristãos diante da Bíblia, que é a revelação de Deus à humanidade e que, mesmo após mais de 20 séculos, continua viva e revelando aos homens a vontade perfeita e agradável  do coração do Pai.

A palavra Bíblia significa “livros”, e vem do grego (língua em que foi escrito o Novo Testamento) ,  ou seja, livros sagrados. O plural justifica-se, já que a Bíblia não é um livro somente, mas uma biblioteca composta de 66 livros, sendo que 39 pertencem ao Antigo Testamento e 27 ao Novo Testamento. 
Qual a origem do dia da Bíblia?









O Dia da Bíblia surgiu em 1549, na Grã-Bretanha, quando o Bispo Cranmer, incluiu no livro  de orações do Rei Eduardo VI um dia especial para que a população intercedesse em favor da leitura do Livro Sagrado.









A data escolhida foi o segundo domingo do Advento – celebrado nos quatro domingos que antecedem o Natal. Foi assim que o segundo domingo de dezembro tornou-se o Dia da Bíblia. No Brasil, o Dia da Bíblia passou a ser celebrado em 1850, com a chegada, da Europa e dos Estados Unidos, dos primeiros missionários evangélicos que aqui vieram semear a Palavra de Deus.









Durante o período do Império, a liberdade religiosa aos cultos protestantes era muito restrita, o que impedia que se manifestassem publicamente. Por volta de 1880, esta situação foi se modificando e o movimento evangélico, juntamente com o Dia da Bíblia, se popularizando.










Pouco a pouco, as diversas denominações evangélicas institucionalizaram a tradição do Dia da Bíblia, que ganhou ainda mais força com a fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em junho de 1948. Em dezembro deste mesmo ano, houve uma das primeiras manifestações públicas do Dia da Bíblia, em São Paulo, no Monumento do Ipiranga.




Hoje, o dia dedicado às Escrituras Sagradas é comemorado em cerca de 60 países, sendo que em alguns, a data é celebrada no segundo Domingo de setembro, numa referência ao trabalho do tradutor Jerônimo, na Vulgata, conhecida tradução da Bíblia para o latim. As comemorações do segundo domingo de dezembro mobilizam, todos os anos, milhões de cristãos em todo o País.Como celebrar o dia da Bíblia
A Semana da Bíblia é dedicada a eventos variados que vão desde cultos até maratonas de leitura bíblica que mobilizam milhares de pessoas.
Há mais de 150 anos, o Dia da Bíblia, é celebrado com o objetivo de difundir e estimular a leitura da Palavra de Deus. A fundação da Sociedade Bíblica do Brasil, em 1948, contribuiu para que esta data fosse se popularizando cada vez mais. E, graças a esse trabalho, o Dia da Bíblia, passou a ser comemorado não só no segundo domingo de dezembro, mas também ao longo de toda a semana que antecede esta data. A Semana da Bíblia é dedicada a eventos variados que vão desde cultos até maratonas de leitura bíblica que mobilizam milhares de pessoas. Conheça, a seguir, como a Semana da Bíblia é comemorada.
Cultos – As igrejas planejam e realizam cultos especiais no Dia da Bíblia. Nestes cultos é lembrado o grande amor de Deus ao entregar a sua Palavra aos homens e o valor dessa Palavra na vida das pessoas. Em geral, nesses Cultos, ofertas especiais são recolhidas para ajudar na distribuição da Bíblia no Brasil e no mundo. Graças a essas ofertas, a Sociedade Bíblica do Brasil consegue distribuir milhares de Bíblias, Novos Testamentos, Porções e Seleções Bíblicas a pessoas necessitadas, na mais diferentes situações e lugares. Carreatas  – Muitas igrejas organizam desfiles de carros pelas ruas principais da cidade, ostentando faixas com versículos bíblicos. Carros alegóricos, com representações de Bíblias, normalmente fazem parte da carreata. 
Concentrações – As Igrejas Evangélicas de muitas cidades organizam concentrações públicas para celebrar o Dia da Bíblia. Estas concentrações ocorrem em praças, ginásios esportivos, estádios e outros lugares de fácil acesso ao público. Um culto público, com pregação da palavra, orações e apresentação de corais e conjuntos musicais normalmente é o clímax da celebração. Bíblias, Novos Testamento, Porções Bíblicas e Seleções Bíblicas são distribuídos nas concentrações. 
Maratona – As igrejas organizam maratonas de leitura bíblica em seus templos ou em lugares públicos. Essas maratonas seguem dois modelos. Num caso, textos selecionados são escolhidos e lidos publicamente, normalmente em lugares de grande afluência de pessoas. No segundo caso, é feita a leitura ininterrupta de todo o texto bíblico. Pessoas são escaladas para darem continuidade à leitura e ela só é interrompida quando se completa a leitura de toda a Bíblia. Normalmente esta leitura leva mais de um dia para ser concluída e implica em fazer uma vigília.
 
Monumentos – Já vem de décadas o costume de levantar monumentos à Bíblia em praças públicas das cidades. O monumento à Bíblia é um testemunho público da importância da Bíblia para as pessoas e para a sociedade e, ao mesmo tempo, um marco da importância da Bíblia para a cultura do povo. Distribuição  – Existem Igrejas que, no Dia da Bíblia, efetuam distribuição maciça de folhetos (Seleções Bíblicas), para que o povo conheça o valor da Bíblia para a vida das pessoas. Também são feitas distribuições de Bíblias, Novos Testamentos e Porções Bíblicas (pequenos livretes que contém um livro da Bíblia ou textos bíblicos escolhidos sobre um assunto específico). A distribuição de Bíblias, em geral, é feita em escolas, hospitais, empresas, quartéis ou outro tipo de organizações. 
Pedalando por Bíblias  – Em vários países, são organizados passeios ciclísticos para divulgar a Bíblia e arrecadar fundos em favor da causa da Bíblia. No Brasil, esses passeios começaram a ser realizados no ano de 1998 e são chamados de “Pedalando por Bíblias”. Igrejas e entidades cristãs tomam a iniciativa de organizar o passeio. Cada participante, ao se inscrever, doa uma ou várias Bíblias para serem distribuídas a pessoas ou entidades necessitadas.
Dia da Bíblia
Lei 10.335 de 19 de Dezembro de 2001 – Fica Instituído o dia da Bíblia, a ser celebrado no segundo Domingo do mês de Dezembro
Senado Federal Subsecretária de informação
TX-RTF32.9.0.310.500
Fonte: www.eltnet.com.br 



Hebreus 4:12
Portanto a palavra de Deus é viva e eficaz, mais cortante que qualquer espada de dois gumes; capaz de penetrar até ao ponto de dividir alma e espírito, juntas e medulas, e é sensível para perceber os pensamentos e intenções do coração. Hebreus 4:12

A expressão total de Deus foi revelada aos seres humanos por meio da pessoa de Jesus Cristo, a Palavra encarnada  (Jo 1:1,14) e, igualmente, nos foi confiada verbalmente. Essa palavra dinâmica e ativa de Deus, no cumprimento de todos os seus planos, aparece claramente tanto no AT quanto no NT ( Sl 107:20; 147:18; Is 40:8; 55:11; Gl 3:8; Ef 5:26; Tg 1:18; 1 Pe 1:23). Tanto a onipotente e onisciente  presença do Senhor, quanto o poder de discernimento (em grego kriticos ) da Palavra , revelam os sentimentos e intenções mais intimas e os traz à tona da nossa consciência para que possam ser julgados(1Co 4:5). (Fonte  Bíblia K.J.).
Diz assim em 1Co 4:5 Assim, nada julgueis antes da hora devida; aguardai até que venha o Senhor, o qual não somente trará à luz o que está em oculto nas trevas, mas igualmente manifestará as intenções dos corações.  Então, nesse momento, cada pesoa receberá de Deus a sua recompensa.
Creia, tenha fé!








                                                  







Você já leu a Bíblia e sentiu como se ela entrasse por um ouvido e saísse pelo outro? 



A Verdade vos libertará

        Alguma vez você já leu a Bíblia e sentiu como se ela entrasse por um ouvido e saísse pelo outro? Outras vezes você leu e as palavras pularam à sua frente? Ela é de fato um Livro incomum. Dependendo da ocasião, ela pode confundir ou então abençoar. Mas, e se ela for realmente a tentativa de Deus de comunicar claramente o Seu plano e propósito ao homem?
         Muitas pessoas acham a Bíblia misteriosa, um livro difícil de se ler, especialmente a versão inglesa da Bíblia King James. Outras criticam as modernas bíblias diluídas e parafraseadas. Mas o caso não é tanto a versão da  Bíblia que se lê. João 6:63 nos diz que “a letra mata”. Quando lemos a Bíblia com uma mente não regenerada, confiando em nosso poder de dedução e compreensão, só conseguimos a letra morta, não uma revelação divina.
         A Bíblia deve ser lida com o coração aberto, com o espírito humano vivo e compromissado. Quando o cristão “nasce de novo” (João 3), o seu espírito humano é regenerado (recebe vida) pelo Espírito de Deus. Nesse ponto as luzes brilham e tudo na Bíblia faz sentido. Lemos a Palavra Viva quando o nosso coração está aberto e o nosso espírito humano se compromete, interagindo com o Espírito de Deus. É então que a Palavra nos faz vibrar, iluminando-nos e falando conosco para nos alimentar. É então que recebemos uma nova revelação do próprio Deus através de Sua Palavra.
         Você sabe o que acabei de fazer? Eu lhe dei a chave para reconhecer o engodo. Todo o propósito deste livro é encorajá-lo a se tornar um daqueles que têm os sentidos exercitados para discernir tanto o bem como o malNão é algo que você aprende, mas algo que você mesmo experimenta. Quando a Bíblia chega viva ao nosso coração e mente, essa é a coisa mais importante que se pode experimentar na vida cristã.  É quando Deus fala e escutamos Sua voz, por mais suave que ela seja. Algo para se lembrar é que não chegaremos a “ouvir vozes”, pois o que ela diz JAMAIS poderá entrar em contradição com a Palavra de Deus. Sempre haverá concordância. Mas, quando confessamos nossos pecados e abrimos o nosso coração e nos quedamos em Sua presença, lendo a Sua Palavra, essa é a hora em que Ele a imprime em nosso coração e mente.  Isso é geralmente o que acontece com o nosso pastor, mas também deveria acontecer conosco, diariamente. Quando aprendemos a chegar à presença de Deus, permitindo que Ele nos fale através de Sua Palavra, nossa vida é transformada  e nunca mais seremos os mesmos! Receberemos o Seu poder e poderemos compartilhar o Evangelho vivo com todas as pessoas que encontrarmos em nosso caminho [Essa é a nossa Grande Comissão]. Quem mantém um firme relacionamento com Deus fica protegido contra todo tipo de engodo [religioso].
         Então, para os que são novos na fé e não estão entendendo o que estou dizendo, isso é o que deve acontecer a toda pessoa que “se torna um verdadeiro cristão”. Trata-se de um “relacionamento” e não de uma “religião”. Deus o criou com um corpo, alma e espírito. Para o caso de você não ter ainda observado, até podemos discernir qual seja a coisa certa, porém nem sempre está ao nosso alcance fazê-la. O problema é que nascemos espiritualmente mortos e sujeitos a todas as tentações às quais o mundo, a carne e o diabonos possam conduzir. Não se trata de quanto pecamos, mas de que somos pecadores por natureza, separados de Deus e de Sua vida. E quando recebemos a nova vida, Deus passa a cuidar de nossos problemas e fracassos.
         Uma boa porcentagem do Cristianismo tem se  tornado apenas imitação. Tentamos ser bons. Indagamos o que Jesus faria em nosso lugar e tentamos fazê-lo, mas, no final, apenas conseguimos fazer o que fazem as pessoas ao nosso redor. Isso não é Cristianismo verdadeiro. Este só existe quando acontece uma mudança e nossa vida é transformada por um relacionamento com Deus. Gastamos tempo em Sua presença e permitimos que Ele nos fale e nos transforme. A 2 Coríntios 3:18 nos dá a chave: “Mas todos nós, com rosto descoberto, refletindo como um espelho a glória do Senhor, somos transformados de glória em glória na mesma imagem, como pelo Espírito do Senhor. Nossa transformação acontece por causa do viver em Sua presença, observando-O e refletindo-O,  não necessariamente indo à igreja ou fazendo isso  ou aquilo.
        A Bíblia diz em João 8:31:32: “Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará”.
A Bíblia é a Palavra de Deus a nós revelada. Ela é a única chave para a verdade. Leia-a. Releia-a. Permita que Deus fale com você em seu espírito humano, quando estiver lendo-a. Ela contém toda a informação de que você precisa para viver, bem como o alimento espiritual e a força, dos quais você precisa para encarar o futuro.
A Bíblia tem comprovado ser histórica e arqueologicamente exata, até mesmo ajudando os arqueólogos e historiadores em suas pesquisas. Ora, ela é confiável! Saiba que temos apenas um total de SETE manuscritos de Platão, datados de 1000 a.C. e CINCO de Aristóteles, datados de 1400 a.C. e, mesmo assim, ninguém duvida de sua autenticidade. Enquanto isso, temos 25.000 manuscritos  do Novo Testamento datados do Século 4. Existem 66 livros escritos num período de 1.500 anos [Sem que nenhum dos autores tenha entrado em contradição]. Os Pergaminhos do Mar Morto não mostraram variações significativas em 1.000 anos de cópias. A Bíblia apresenta um perfeito registro profético, algo que não pode ser afirmado por qualquer outro escrito religioso, tais como os de Buda, Maomé, Joseph Smith (fundador do Mormonismo) Confúcio ou Krishna.
Porém o mais importante é a inacreditável capacidade da Bíblia de falar ao coração humano, como nenhum outro livro consegue fazer. A prova real está na leitura - não apenas com a mente, mas com o espírito e o coração entrelaçados durante a leitura. Não estou ensinando misticismo nem ocultismo. É difícil colocar isso em palavras porque é algo a ser experimentado e não apenas descrito. Deus vai falar com você através da Bíblia. Com relação a se você vai fazer ou não a coisa certa é do seu foro íntimo. O segredo é iluminar a sua vida, o que somente acontece com o conhecimento da Bíblia.  João 6:63 diz: “O espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que eu vos disse são espírito e vida”. E a 2 Coríntios 3:6 diz: “O qual nos fez também capazes de ser ministros de um novo testamento, não da letra, mas do espírito; porque a letra mata e o espírito vivifica”. O motivo de tantas pessoas nada aproveitarem da Bíblia é que estão lendo a “letra morta”, não recebendo a revelação do Espírito Santo, quando a lêem. Não se  pode explicar. É o caso de se experimentar. Portanto, siga em frente!
        Quem quiser evitar o engodo, que leia a Bíblia e memorize-a. Leia-a e releia-a, permitindo que ela o conforte e lhe ministre vida. Ela é a sua melhor proteção. Ela é verdadeira. Quando se ensina um funcionário de Banco a reconhecer as notas falsas, eles precisam ficar tão familiarizados com as verdadeiras, a ponto de poderem reconhecer as falsas. Isso acontece também com os falsos ensinos, os quais estão sendo astuciosamente embalados e promovidos hoje em dia.   Somente quando se conhece bem a Palavra, adquirindo um espírito de discernimento é que se pode reconhecer o engodo.
        Para os cristãos o engodo chega em forma de falsos, mal conduzidos e poluídos ensinos. Porpoluídos entenda-se que eles são construídos com um pouco da Bíblia, um pouco de narrativa histórica e política, um pouco de Psicologia e um pouco da opinião e da inclinação pessoal do “mestre”. É por isso que você precisa julgar as coisas, sozinho.
         Este é o meu desafio. O que tenho a dizer não tem importância. O que importa é conhecer bem a Palavra de Deus... Não o que alguém diz que Deus lhe falou, nem interpretação alguma. Você é responsável e eu o desafio a olhar para dentro de você mesmo. Deus vai segurá-lo e você vai ser o único responsável pelos seus atos, no Dia do Julgamento. Ali você não terá como culpar o seu pastor, nem os seus mestres, nem esse ou aquele livro que você leu.
         Estas são algumas das mais importantes questões a serem consideradas em sua vida:
        * A Igreja tem se tornado uma testemunha melhor e mais eficiente?
* Ela está apresentando um exemplo de justiça e santidade de vida?
* Ela está vendo um reavivamento de sinais e maravilhas?
* Ou será que ela está simplesmente copiando o mundo?
* Ela está resvalando na apostasia?
* Ela está se afastando da sã doutrina e das raízes bíblicas?
* Ela está confiando em experiências extra-bíblicas?
* Será que podemos parar esse filme?  
* Vamos tentar?  
* O que vamos fazer?
* O que faremos quando a igreja se apartar da verdade e começar a promover falsas doutrinas?
* O que fazer quando a liderança começar a conduzir os santos pela decadente estrada rumo à apostasia?
* Quando a instituição cair, será que os santos terão capacidade de permanecer firmes, sem o seu apoio?   
* Ou será que os verdadeiros cristãos escaparão dos tempos trabalhosos, através do Arrebatamento pré-tribulacional?  
* Será que o estudo da profecia é meramente acadêmico ou se encaixa exatamente em nossa geração?  
* Estamos desperdiçando tempo, quando estudamos a profecia?
 * Por outro lado, se formos passar pela Tribulação, sabemos o que nos espera?
* Será que estamos preparados?
Este assunto pode ser preocupante, mas não devemos permitir que sejamos vencidos pelo medo. O que venha a acontecer no futuro, ele será glorioso, se permanecermos no centro da vontade de Deus. Contudo, devemos nos acautelar contra as idéias preconcebidas.  Não devemos aceitar cegamente a sabedoria convencional, porém, em vez disso, cada um de nós deve examinar os fatos pela Palavra de Deus. Devemos olhar objetivamente a história da igreja e a sua condição atual. Não devemos permitir que a sabedoria convencional, tradições, ensinos, nossa cultura e a programação do mundo mau possam manter domínio sobre nossas mentes e emoções. A idéia de que os cristãos do mundo ocidental estão, de um certo modo, isentos do sofrimento, porque Deus não iria permitir que “os cristãos sofressem”, é absolutamente absurda, nem é  também histórica, quando se leva em consideração o sofrimento dos cristãos ao redor do mundo, hoje em dia. Talvez seja isso o que está faltando à Igreja Ocidental. Achamos tudo tão fácil e temos nos moldado de tal maneira aos conceitos do mundo que não existe perseguição contra nós, exatamente porque somos iguais ao mundo. O Senhor nos desafia a nos separarmos do maligno sistema religioso, conforme Hebreus 13:13: Saiamos, pois, a ele fora do arraial, levando o seu vitupério”. Precisamos estar no mundo, mas não a ele pertencer.
         Recebi um e-mail anunciando um dia de oração pela igreja sofredora, no domingo 16/11/1997. Ele dizia que mais pessoas estão sofrendo e morrendo pela sua fé em Jesus, agora, do que em todos os 2.000 anos somados. Além de tudo, o Senhor disse: “No mundo tereis aflições” (João 16:33), portanto não deveríamos nos surpreender quando isso nos acontece. Até agora nós, os cristãos ocidentais, temos sido poupados da dor e do sofrimento por causa de nossa fé. Os santos através das eras, e até mesmo nos dias de hoje, consideram um privilégio sofrer por amor ao Senhor, o qual deu Sua vida por eles [e por nós]. Não importa o que aconteça, deveríamos considerar isso uma glória, como o Apóstolo Paulo fez, quando foi considerado digno de sofrer pelo Senhor.

Estamos julgando os outros?

         Quem estiver entendendo o engano futuro, não pode seguir cegamente os seus líderes. É preciso comparar o que eles dizem com a Bíblia. Você não está depreciando o seu caráter, mas conferindo o que eles falam em público. Os cristãos sempre ficam chocados, quando se dão “nomes aos nomes”. Eles consideram falta de amor quando um cristão discorda do outro. Alguns até admitem ser perigoso “tocar nos ungidos de Deus”. Se tivermos medo de questionar os “chamados” líderes que estão nos dirigindo pela ladeira abaixo rumo ao engodo, certamente seremos enganados.
         Nosso Senhor e os apóstolos  eram francos em dar “nomes aos nomes”, desagradando publicamente as pessoas de elevadas posições públicas,  as que não estavam de acordo com a sã doutrina. O Dr. Jay Adams em seu volume “Grist From Adam’s Mill”  (Farelos do Moinho de Adão) fala sobre o legítimo uso de Mateus 18, numa tentativa de censurar a crítica pública:
         “Qualquer cristão que se coloca como mestre na Igreja de Cristo e ensina publicamente qualquer coisa, logo se expõe à crítica dos outros. (Tiago 3:1). Se eles descobrirem que o que estão ensinando é prejudicial à igreja, ficam na obrigação de esclarecê-lo tão publicamente como têm ensinado. Essa admoestação pública sobre o assunto não deveria ser considerada um “ataque pessoal”, de modo algum. Dizer que a pessoa que critica deveria ter ido antes ao criticado, na base de Mateus 8:15, não tem suporte. A passagem se refere aos erros pessoais conhecidos apenas pelos dois, os quais deveriam discutir particularmente o assunto que os separa. Uma crítica feita quando se discorda de um assunto público nada tem a ver com afrontas pessoais ou falta de reconciliação. Ela está simplesmente discordando no mesmo nível público, no qual o professor havia dado antes o ensino” (Dr. Jay Adams, Grist from Adam’s Mill, página 69).  [Trocando em miúdos pela tradutora: Que fala em público tem de suportar censura pública, ou então é melhor ficar calado. Se eu fosse me preocupar com as críticas, principalmente dos irmãos que não concordam comigo, já teria morrido de tristeza! ].
         Não temos obrigação de ir a toda pessoa pública e confrontá-la pessoalmente com as coisas que ela tenha dito publicamente. Paulo advertiu algumas pessoas em suas cartas, porém não há indício de que ele as tenha confrontado antes. Nosso objetivo é ilustrar o ponto e admoestar os cristãos a se precaverem contra os falsos ensinos. Não temos intenção de agredir, denunciar ou criticar injustamente qualquer pessoa ou ministério. Esforçamo-nos para dizer a verdade em amor e dar aos professores o benefício da dúvida. É a doutrina, não a pessoa que nos importa; é o ensino público, não o seu pecado pessoal que estamos denunciando. As Escrituras nos ensinam a examinar as doutrinas dos que ensinam. Então, não estamos atacando as vidas particulares dos indivíduos (eles vão responder por elas diante de Deus), mas apenas repetindo o que esses próprios ministros dizem, comparando os seus ensinos à luz da Escritura.
         Somos comandados a examinar as coisas espirituais, segundo a 1 João 4:1: “Amados, não creiais a todo o espírito, mas provai se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se têm levantado no mundo”.  E Deus não se ofende coma nossa cuidadosa busca da verdade. Não deveríamos nos intimidar com uma cuidadosa pesquisa sobre as coisas, para ver se elas são realmente de Deus. Jesus nos ensina a não confiar em todos os que se acercam com afirmações espirituais (Mateus 24:23-26) e Paulo repete o mesmo ensino sobre os falsos apóstolos, o falso Cristo e o falso Espírito (2 Coríntios 11:3-5, 13,15). A questão se complica pelo fato de haver duas palavras na língua grega para “julgar” e uma é julgar erroneamente. (Romanos 14-13), enquanto a outra faz parte do discipulado (Filipenses 1:9).   “Julgar”, quando não nos compete é “krino” no Grego, significando “julgar a pessoa como um todo”. Exemplo, dizer que “alguém não é nada bom”, enquanto somos permitidos a julgar particulares, o que corresponde a “dokimazo", julgando como “essa foi uma boa ação”, “essa pessoa tem uma fé forte” ou “essa pessoa tem uma doutrina errônea na área tal...”. Não é correto dizer que “a Bênção de Toronto não pode vir de Deus”. Quando Jesus julgou a heresia nicolaíta em Apocalipse 2:6, Ele disse: “odeias as obras dos nicolaítas, as quais eu também odeio”. Então você diz: “Estou a par de tal e tal manifestação” ou “Acho errado que eles creiam nisso ou naquilo”, permanecendo num campo mais seguro.
         Existem mais coisas em questão aqui do que apenas uma simples manifestação de opinião. Como você verá, ela vai ao exato âmago do assunto: Vamos seguir a verdade ou o erro? Adrian Roger, ex-Diretor da Convenção Batista do Sul, disse: “É melhor ser dividido pela verdade do que ser unido no erro. É melhor falar a verdade que fere e cura do que a falsidade que conforta e depois mata. Vou dizer-lhes uma coisa, amigos: não existe amor nem amizade, quando deixamos de declarar a maldição divina. É melhor ser odiado por dizer a verdade do que ser amado por dizer a mentira. É impossível encontrar na Bíblia alguém que tenha sido um poder de Deus e não tenha feito inimigos, nem tenha sido odiado. É melhor ficar sozinho com a verdade do que estar errado com a multidão. É melhor ter sucesso no final, com a verdade, do que ter um sucesso temporário com a mentira. Sói existe um Evangelho e Paulo disse: “Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema(Gálatas 1:8).

Líderes do Engodo

         Como vai a liderança, assim vai a Igreja. As linhas seguintes mostram a apostasia da mais alta liderança da comunidade evangélica, retiradas da News Letter de Dave Hunt, na TBC de maio, 1988:

         * O Arcebispo Desmond Tutu declara “O Espírito Santo não fica limitado à Igreja Cristã” e que o Espírito Santo brilhou através de Mahatma Ghandi.
         * R. Kirby Dolsey, presidente a Universidade Mercer Batista do Sul, nega a infalibilidade da Bíblia, a validade dos evangelhos e a eficácia da reparação de Cristo, bem como a sua exclusividade como único Salvador.
         * Bill Phipps, líder da Igreja Unidade do Canadá, rejeita a Divindade de Cristo, Sua Ressurreição, etc.
         * A Zondervan publicou um livro “More Than a Way?” - Four Views of Salvation in a Pluralistic World .
         * Repetindo Billy Graham, Leighton Ford declara: “Respeito outros caminhos para Deus…”
         * Jerry Falwell condecora o Reverendo Moon, o qual acredita que Jesus deveria ajoelhar-se diante dele.
         * Roberto Schüller, com o programa de TV mais popular das manhãs de domingo,  diz que a maior influencia sobre a sua vida veio de Norman Vincent Peale (o qual negou a fé e promoveu o ocultismo).
         *Sir John Marks Templeton promove a chegada da Religião Mundial do Anticristo, oferecendo um prêmio a quem contribuir para o seu desenvolvimento, sendo louvado pelos ganhadores do prêmio, tais como Billy Graham, Charles Colson e Bill Bright.
         * Muitos líderes evangélicos assinaram o documento ecumênico -“Evangélicos e Católicos Juntos” (falaremos mais sobre isso, depois).
         * Evangélicos como Colson, Packer e Bright concordaram em não evangelizar os católicos, porque “não há necessidade disso” (Falaremos mais sobre este assunto, depois).
         Estes são apenas alguns exemplos, a ponta do iceberg. Se isso está acontecendo com os líderes evangélicos mais importantes, o que acontecerá com o restante dos cristãos evangélicos, os não profissionais esquentadores de bancos de igrejas, na América? Então o que a Bíblia diz a respeito da Igreja nos últimos dias?
         Notem que essas declarações focalizam o que esses líderes têm dito publicamente. Elas não afirmam que eles sejam más pessoas. De fato, eles até podem ser pessoas maravilhosas! Porém se os líderes estão conduzindo os seus rebanhos pela estrada do engodo, precisamos gritar! Não podemos simplesmente varrer tudo isso para baixo do tapete, por causa de sua alta posição e de sua reputação.

O que a Bíblia tem a dizer sobre a Igreja nos dias finais

         Ela diz claramente que nos dias finais haverá uma igreja apóstata ou decaída. Não é preciso ir longe para ver que a Igreja institucional já está infectada com um espírito apóstata e mundano. Isso não significa questionar a sinceridade de muitos santos amados que estão dentro dela, ou questionar os que estão servindo ao Senhor de todo o coração - pois existem muitos. Contudo, existem muitos líderes de rebanhos que vão dar contas a Deus, no Dia do Julgamento, por estarem ensinando o erro. Existem santos que voluntária e cegamente seguem os seus líderes,  por serem preguiçosos demais para estudar a Palavra e conhecer realmente o Senhor. Precisamos ser cuidadosos com quem seguimos, porque somos responsáveis pelos nossos atos neste corpo e “naquele dia” iremos nos apresentar sozinhos, sem direito a censurar pessoa alguma.  
         Jesus nos diz em Mateus 24 que nos últimos dias o amor de muitos esfriará. Haverá uma Grande Tribulação, a qual não virá exatamente do mundo, mas de dentro, com irmãos entregando irmãos, pensando que estão agradando a Deus. As epístolas nos avisam que nos últimos dias a Igreja vai apostatar. Não estou sendo critico. Estou apenas declarando um fato embasado na Palavra de Deus. Vejamos:
         “Mas o Espírito expressamente diz que nos últimos tempos apostatarão alguns da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores, e a doutrinas de demônios; pela hipocrisia de homens que falam mentiras, tendo cauterizada a sua própria consciência; proibindo o casamento...” (1 Timóteo 4:1-3-a).
         “Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.
  Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela...” (2 Timóteo 3:1-5).
         “Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo comichão nos ouvidos, amontoarão para si doutores conforme as suas próprias concupiscências; e desviarão os ouvidos da verdade, voltando às fábulas” (2 Timóteo 4:3-4).
         “Mas, como fomos aprovados de Deus para que o evangelho nos fosse confiado, assim falamos, não como para agradar aos homens, mas a Deus, que prova os nossos corações. Porque, como bem sabeis, nunca usamos de palavras lisonjeiras, nem houve um pretexto de avareza; Deus é testemunha. E não buscamos glória dos homens, nem de vós, nem de outros, ainda que podíamos, como apóstolos de Cristo, ser-vos pesados” (1 Tessalonicenses 2:4-6).“A esse cuja vinda é segundo a eficácia de Satanás, com todo o poder, e sinais e prodígios de mentira” (2 Tessalonicenses 2:9).
         “Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão... Porque haverá então grande aflição, como nunca houve desde o princípio do mundo até agora, nem tampouco há de haver. E, se aqueles dias não fossem abreviados, nenhuma carne se salvaria; mas por causa dos escolhidos serão abreviados aqueles dias”(Mateus 24:7-10, 21-22).
         “Mas o dia do Senhor virá como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão. Havendo, pois, de perecer todas estas coisas, que pessoas vos convém ser em santo trato, e piedade, aguardando, e apressando-vos para a vinda do dia de Deus, em que os céus, em fogo se desfarão, e os elementos, ardendo, se fundirão? Mas nós, segundo a sua promessa, aguardamos novos céus e nova terra, em que habita a justiça”. (2 Pedro 3:10-13).
         Estas palavras não são minhas. Deus disse que isso vai acontecer e vai mesmo. Em parte nenhuma vemos um grande reavivamento nos “tempos finais”, conforme tantos predizem - mas, em vez disso, haverá apostasia. Ninguém deveria se surpreender, quando isso acontecer. De fato, deveríamos esperar e ficar de olhos abertos, a fim de reconhecer o engodo e a apostasia da Igreja.
         Os crentes “se desviarão da fé”. É impossível um incrédulo se desviar de algo que ele não tem. A ameaça não virá de fora, mas de dentro. As pessoas que se autodenominam cristãs estão sendo enganadas. Que descrição da nossa geração: “Amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos, sem afeto natural, irreconciliáveis, caluniadores, incontinentes, cruéis, sem amor para com os bons, traidores, obstinados, orgulhosos, mais amigos dos deleites do que amigos de Deus”. Esta geração zomba da sã doutrina, dizendo ser ela bitolada demais, exclusiva demais; e por isso é impossível haver unidade, se ficamos divididos pela doutrina. Também é interessante que essas igrejas que prometem saúde, riqueza e bênçãos são exatamente as que mais crescem. Somente os pregadores da TV, que prometem multiplicar os seus dons, podem se dar ao luxo de custear a TV. As igrejas que estão crescendo são exatamente as que estão buscando sinais maiores e maravilhas mais espetaculares, riqueza e aceitação das massas. O “caminho da cruz” tornou-se “obsoleto”, divisor e cansativo.
         Estes são apenas alguns versos sobre os tempos finais, os quais são ignorados para o nosso próprio perigo. Tudo que se precisa fazer hoje em dia é olhar para as histórias dos lideres na Christianity Today, ou andar pelas livrarias cristãs, olhando os títulos dos livros, a fim de constatar que a Igreja está com problema. Ela está com problema moral, pois o laicato e o clero estão resvalando juntos no pecado.  A taxa de divórcios na igreja americana tem superado a taxa nacional. A igreja se tornou espiritualmente problemática porque a sã doutrina está sendo substituída pelo Cristianismo “experimental” e por um apelo àunidade, às expensas da verdade. Pela primeira vez na história, a linha principal dos evangélicos está buscando a liderança e a direção da Igreja Católica Romana, pois o Ecumenismo “virou moda”. Os líderes estão amenizando as diferenças e dizendo às pessoas que estas não são realmente importantes, pois somos todos cristãos. A Igreja tem se envolvido cada vez mais na política. A igreja (evangélica e católica) transformou-se em poderosa força política, a qual é conhecida como “direito religioso”. Estas não são apenas acusações contundentes e estes assuntos serão examinados detalhadamente, nos próximos capítulos.
         A igreja verdadeira está sob ataque. O objetivo de Satanás é abaixar o véu e cobrir os olhos, para que não se veja o engodo. Somente os cristãos que se colocarem firmemente a favor da verdade  é que poderão deter esse engodo. Os versos supracitados não podem ser ignorados, pois não são minhas palavras, mas as palavras de Deus [João 12:48].

“The Truth Will Set You Free”
Capítulo 3 do livro“Recognizing The Deception”
Dene McGriff/Mary Schultze, setembro 2006
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Capítulo 3 do livro“Recognizing The Deception”
Dene McGriff/Mary Schultze, setembro 2006

Fonte: 
















BIBLIOLOGIA: DOUTRINA DA BÍBLIA
I. REVELAÇÃO: É a operação divina que comunica ao homem fatos que a razão humana é insuficiente para conhecer. É portanto, a operação divina que comunica a verdade de Deus ao homem (ICo.2:10).
A) Provas da Revelação: O diabo foi o primeiro ser a pôr em dúvida a existência da revelação: "É assim que Deus disse?" (Gn.3:1). Mas a Bíblia é a Palavra de Deus. Vejamos alguns argumentos:
1)
A Indestrutibilidade da Bíblia: Uma porcentagem muito pequena de livros sobrevive além de um quarto de século, e uma porcentagem ainda menor dura um século, e uma porção quase insignificante dura mil anos. A Bíblia, porém, tem sobrevivido em circunstâncias adversas. Em 303 A.D. o imperador Dioclécio decretou que todos os exemplares da Bíblia fossem queimados. A Bíblia é hoje encontrada em mais de mil línguas e ainda é o livro mais lido do mundo. 
2) A Natureza da Bíblia: 
a) Ela é superior: Ela é superior
a qualquer outro livro do mundo. O mundo, com sua sabedoria e vasto acúmulo de conhecimento nunca foi capaz de produzir um livro que chegue perto de se comparar a Bíblia. 
b) É um livro honesto: Pois revela fatos sobre a corrupção humana, fatos que a natureza humana teria interesse em acobertar. 
c) É um livro harmonioso: Pois embora tenha sido escrito por uns quarenta autores diferentes, por um período de 1.600 anos, ela revela ser um livro único que expressa um só sistema doutrinário e um só padrão moral, coerentes e sem contradições. 
3) A Influência da Bíblia: O Alcorão, o Livro dos Mórmons, o Zenda Avesta, os Clássicos de Confúncio, todos tiveram influência no mundo. Estes, porém, conduziram a uma idéiaapagada de Deus e do pecado, ao ponto de ignorá-los. A Bíblia, porém, tem produzido altos resultados em todas as esferas da vida: na arte, na arquitetura, na literatura, na música, na política, na ciência etc. 
4) Argumento da Analogia: Os animais inferiores expressam com suas vozes seus diferentes sentimentos. Entre os racionais existe uma presença correspondente, existe comunicação direta de um para o outro, uma revelação de pensamentos e sentimentos. Consequentemente é de se esperar que exista, por analogia da natureza, uma revelação direta de Deus para com o homem. Sendo o homem criado à Sua imagem, é natural supor que o Criador sustente relação pessoal com Suas criaturas racionais.
5) Argumento da Experiência: O homen é incapaz por sua própria força descobrir que: 
a) Precisa ser salvo.
b) Pode ser salvo. 
c) Como pode ser salvo.
d) Se  salvação. 
Somente a revelação pode desvendar estes mistérios eternos. A experiência do homem tem demonstrado que a tendência da natureza humana é degenerar-se e seu caminho ascendente se sustêm unicamente quando é voltado para cima em comunicação direta com a revelação de Deus.
6) Argumento da Profecia Cumprida: Muitas profecias a respeito de Cristo se cumpriram integralmente, sendo que a mais próxima do primeiro advento, foi pronunciada 165 anos antes de seu cumprimento. As profecias a respeito da dispersão de Israel também, se cumpriram (Dt.28; Jr.15:4;l6:13; Os.3:4 etc); da conquista de Samaria e preservação de Judá (Is.7:6-8; Os.1:6,7; IRs.14:15); do cativeiro babilônico sobre Judá e Jerusalém (Is.39:6; Jr.25:9-12); sobre a destruição final de Samaria (Mq.1:6-9); sobre a restauração de Jerusalém (Jr.29:10-14), etc.
7) Reivindicações da Própria Escritura: A própria Bíblia expressa sua infalibilidade, reivindicando autoridade. Nenhum outro livro ousa fazê-lo. Encontramos essa reivindicação na seguintes expressões: "Disse o Senhor a Moisés" (Ex.14:1,15,26;16:4;25:1; Lv.1:1;4:1;11:1; Nm.4:1;13:1; Dt.32:48) "O Senhor é quem fala" (Is.1:2); "Disse o Senhor a Isaías" (Is.7:3); "Assim diz o Senhor" (Is.43:1). Outras expressões semelhantes são encontradas: "Palavra que veio a Jeremias da parte do Senhor" (Jr.11:1); "Veio expressamente a Palavra do Senhor a Ezequiel" (Ez.1:3); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Oséias" (Os.1:1); "Palavra do Senhor que foi dirigida a Joel" (Jl.1:1), etc. Expressões como estas são encontradas mais de 3.800 vezes no Velho Testamento. Portanto o A.T. afirma ser a revelação de Deus, e essa mesma reivindicação faz o Novo Testamento (ICo.14:37; ITs.2:13; IJo.5:10; IIPe.3:2). 
B) Natureza da Revelação: Deus se revelou de sete modos:
1) Através da Natureza: (Sl.19:1-6; Rm.l:19-23).
2) Através da Providência: A providência é a execução do programa de Deus das dispensações em todos os seus detalhes (Gn.48:15;50:20; Rm.8:28; Sm.57:2; Jr.30:11; Is.54:17).
3) Através da Preservação: (Cl.1:17; Hb.1:3; At.17:25,28).
4) Através de Milagres: (Ex.4:1-9).
5) Através da Comunicação Direta: (Nm.12:8; Dt.34:10).
6) Através da Encarnação: (Hb.1:1; Jo.8:26;15:15).
7) Através das Escrituras: A Bíblia é a revelação escrita de Deus e, como tal, abrange importantes aspectos:
a) Ela é variada: Variada em seus temas, pois abrange aquilo que é doutrinário , devocional, histórico, profético e prático.
b) Ela é parcial: (Dt.29:29).
c) Ela é completa: Naquilo que já foi revelado (Cl.2:9,10);
d) Ela é progressiva: (Mc.4:28).
e) Ela é definitiva: (Jd.3).
II. INSPIRAÇÃO: É a operação divina que influenciou os escritores bíblicos, capacitando-os a receber a mensagem divina, e que os moveu a transcrevê-la com exatidão, impedindo-os de cometerem erros e omissões, de modo que ela recebeu autoridade divina e infalível, garantindo a exata transferência da verdade revelada de Deus para a linguagem humana inteligível (ICo.10:13; IITm.3:16; IIPe.1:20,21).
A) Autoria Dual: Com este termo indicamos dois fatos:
1) Autoria Divina: Do lado divino as Escrituras são a Palavra de Deus no sentido de que se originaram nEle e são a expressão de Sua mente. Em IITm.3:16 encontramos a referência a Deus: "Toda Escritura é divinamente inspirada(theopneustos = soprada ou expirada por Deus) . A referência aqui é aoescrito. 
2) Autoria Humana: Do lado humano certos homens foram escolhidos por Deus para a responsabilidade de receber a Palavra e passá-la para a forma escrita. Em IIPe.1:21 encontramos a referência aos homens: "Homens santos de Deus falaram movidos pelo Espírito Santo" (pherô = movidos ou conduzidos). A referência aqui é ao escritor.
B) Inspiração ou Expiração? A palavra inspiração vem do latim, e significa respirar para dentro. Ela é usada pela ARC. (Almeida Revista e Corrigida) somente duas vezes no N.T. (IITm.3:16; IIPe.1:21). Este vocábulo, embora consagrado pelo uso, e, portanto, pela teologia, não é um termo adequado, pois pode parecer que Deus tenha soprado alguma espécie de vida divina em palavras humanas. Em IITm.3:16 encontramos o vocábulo grego theopneustos que significa soprado por Deus. Portanto podemos afirmar que toda a Escritura ésoprada ou expirada por Deus, e não inspirada como expressa a ARC. As Escrituras são o próprio sopro de Deus, é o próprio Deus falando (IISm.23:2). Em IIPe.1:21 este vocábulo se torna mais inadequado ainda, pois a tradução da ARC. transmite a idéia de que os homens santos foram inspirados pelo Espírito Santo. O fato é que o homem não é inspirado, mas a Palavra de Deus é que é expirada (Compare Jó.32:8; 33:4; com Ez.36:27; 37:9). A ARA. (Almeida Revista e Atualizada), porém, apesar de utilizar o termo inspiração em IITm.3:16, usa, com acerto, o verbo mover em IIPe.1:21, como tradução do vocábulo grego pherô, que significa exatamente mover ou conduzir.
Considerada esta ressalva, não devemos pender para o extremo, excluindo a autoria humana da compilação das Escrituras. Ela própria reconhece a autoria dual no registro bíblico. Em Mt.15:4 está escrito que Deus ordenou enquanto que em Mc.7:10 diz que foi Moisés quem ordenou. E muitas outras passagens há semelhantes a esta (Compare Sl.110:1 com Mc.12:36; Ex.3:6,15 com Mt.22:31; Lc.20:37 com Mc.12:26; Is.6:9,10; At.28:25 com Jo.12:39-41; Mt.1:22;2:15; At.l:16;4:25; Hb.3:7-11; Hb.9:8;10:15) Deus opera de modo misterioso usando e não anulando a vontade humana, sem que o homem perceba que está sendo divinamente conduzido, sendo que neste fenômeno, o homem faz pleno uso de sua liberdade (Pv.16:1;19:21; Sl.33:15;105:25; Ap.17:17). Desse mesmo modo Deus também usa Satanás (Compare ICr.21:1 com IISm.24:1; IRs.22:20-23), mas não retira a responsabilidade do homem (At.5:3,4), como também o faz na obra da salvação (Dt.30:19; Sl.65:4; Jo.6:44).